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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O GAÚCHO E ATRANSFORMAÇÃO SOCIAL

TERÇA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2011.

          Com a chegada e o estabelecimento dos imigrantes no século passado, aconteceu no RGS uma nova fase de desenvolvimento através da expansão da indústria e das novas formas de exploração da terra. Esses fatos marcantes desencadearam uma transformação sócio-cultutal.
          Primeiramente, os imigrantes açorianos, italianos e alemães trouxeram e desenvolveram uma economia diversificada baseada na pequena propriedade, tomando conta de uma grande parte do Rio Grande do Sul. E, mais recentemente, ou seja, nos últimos anos, ganharam mais terrenos, quando os fazendeiros começaram a arrendar os seus campos para o cultivo do trigo e da soja. O próprio governo federal e os donos das indústrias de insumos incentivaram, através de financiamentos bancários, este novo progresso na agricultura. Até muitos donos de latifundiários modificaram a sua fonte de renda, trocaram a criação de gado pelo cultivo da lavoura.
          Esse novo contexto trouxe um considerável aumento populacional, salpicando de cidades e vilas toda a zona do pampa que antes podia ser considerada quase um deserto humano. E a partir deste século, com a incrementação da indústria, a instalação da luz elétrica e o conforto da vida da cidade em relação à vida na campanha, muitos interioranos contribuiram para o crescimento das populações citadinas por causa do êxodo rural, perdendo desse modo, a sua liberdade e, muitas vezes, marginalizados ao redor dos grandes centros.
          A perda do espaço físico natural, ou seja, a transformação do campo em lavoura, e mesmo a utilização de técnicas modernas no trabalho do campo, foi uma dura investida contra o meio em que o gaúcho de antigamente vivia e labutava. A agricultura tomou conta de milhares de hectares de terras,
antes verdes gramados. Simples e felizes peães campeiros transformaram-se em empregados de granja, muitos a sofrer dia e noite sobre um trator.
          A indústria e o comércio também absorveram muita mão-de-obra do interior riograndense, perdendo, muitas vezes, o gaúcho e os salários mínimos não compensadores. E assim muitos jovens abandonaram a vida livre do campo para amarrarrem-se ao burburinho da vida ou ao estudo exaustivo em alguma escola com o objetivo de conquistar um diploma.
          Desta maneira, continua, ainda hoje, a ilusão de que a vida na cidade é melhor. E o gaúcho engana-se. A liberdade primitiva já não existe. E mesmo os  peães de estância já não são valentes guascas de antiguidade.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO E TRADICIONALISMO

Viajar pelo Rio Grande é tri legal, 
tchê !!!TERÇA-FEIRA, O6 DE SETEMBRO DE 2011

           Escrever sobre as tradições e a cultura do Sul significa mostrar o amor que tenho pelo nosso Estado
e pelas amizades que cultivamos com todos os gaúchos desse Rio Grande do Sul.
           Amo as tradições do Rio Grande...

          O tradicionalismo tem uma consideração muito importante no folclore. É impossível conhecer um povo sem conhecer o seu folclore e, à medida que nos aprofundamos no estudo do folclore, sentimos o papel extraordinário que o tradicionalismo tem na sociedade riograndense, comprovando-se a apartir da visão que se tem do folclore gaúcho.
          A educação é entendida no sentido mais amplo, abrangendo os processos educativos vividos na família, na escola, nos movimentos populares, nos centros de tradições, no esporte, no lazer e demais setores sociais, assumindo todas as formas que levam à construção de uma sociedade.
         É nessa perspectiva que o tradicionalismo deve agir com intensidade para que a tradição não desapareça com a nossa geração. As novas gerações somente seguirão nossos passos por força de impulsos que a educação lhes ministrar.
         Nos últimos anos, a cultura tradicionalista não tem medido esforços para tornar os processos educacionais mais participativos em todos os setores sociais.
         A escola é um dos canais para divulgar o folclore e as nossas tradições, embora com falta de literatura sobre os temas da cultura brasileira. Dentro desse aspecto, o ensino está preocupado com a unidade nacional e acaba desconhecendo o lugar onde pisamos. A maneira mais segura seria a busca de conhecimento das tradições locais, depois da região e, a partir daí, o conhecimento da uidade nacional.

( Texto de autoria própria, publicado no Jornal Atos e Fatos, Três Passos,RS  em 16/09/1994 - página 10 )

                           Postado por Gladis às 21:21