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domingo, 8 de julho de 2012

14 de maio - DIA DAS MÃES - A mulher mãe na educação

     Mulher mãe, parceira da fertilidade... da vida, da alegria e da dor, da coragem e da ternura, do sonho e da mudança.
     Mãe que nos dias de hoje precisa ter uma visão de vida futura e considerar os diversos setores, o político, o econômico e o social do momento em que vivemos para que a partir dessa visão ela possa educar seus filhos com qualidade e segurança.
     Em nossa sociedade se cultivam valores onde a mulher era dependente do homem, passando a imagem de um ser frágil e submissa, que precisava ser guiado por outro, no caso, o homem. Hoje, esta cultura está ultrapassada devido a mudanças sofridas na estrutura econômica, forçando a mulher assumir seu espaço e tornando concreto aquilo que a constituição diz no artº 5 que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. O que vinha, até então acontecendo, de que a mulher ser subordinada, agora ela se torna agente da sua própria história. Essa mudança educacional vem acontecendo desde os anos 30, principalmente quando a mulher urbana, conseguiu entrar no mercado de trabalho. Percebe-se, claramente que, até o fim do século, dois terços dos ingressos no mercado mundial serão de mulheres, tendo em vista que, nos últimos anos, no Brasil, a sua presença nas atividades econômicas aumentou 70%, enquanto a dos homens decresceu. O trabalho fora do lar garantiu a mulher mãe uma posição de igualdade com o homem e permitiu a ela se tornar agente da modernidade. Pode-se, com isso afirmar que a produção é fator determinante no processo educacional. A mulher mãe tem com isso dupla ou até tripla responsabilidade na transformação social que é a de entender o momento histórico que se vive dentro do setor produtivo e capacitar os filhos desde a gestação para uma sociedade sem opressão e injustiça.
     Apesar dos avanços e das rupturas com antigas relações sociais é imprescindível que a mulher mãe tenha clareza das virtudes que norteiam a sociedade, onde os direitos de cidadania sejam assegurados para todos, que o interesse comum prevaleça sobre o individual e ainda que o produto do trabalho seja revertido para o bem de todos, inclusive que a discrimação de qualquer espécie seja abolida, seja ela de cor, de idade, de categoria profissional ou de sexo a fim de que todos sejam igualmente cidadãos. A mulher mãe deve forjar o caminho virtudes, buscando a sua libertação, repassá-la aos filhos e a sociedade em geral.
     É evidente que estamos iniciando uma etapa de um longo processo educacional e que a mulher mãe é o ser responsável em fazer acontecer essa educação a partir de si e da nova vida que ela conceber, tendo como critério fundamental a democratização. Enfatiza-se com isso a responsabilidade da mulher educadora em gerar seus filhos e, principalmente, ter consciência que é fundamental a sua auto-valorização como pessoa, a sua conquista pelos direitos, a fim de que, através deles, possa ter condições de plena cidadania e acabar com a história de falsas diferenças, agindo com determinação e sendo complemento nas decisões produtivas.
                                      ( Texto publicado no Jornal Atualidades - Três Passos - 16/05/1995 - página 02 )
                
    

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